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Metodologia para Desenvolvimento da Análise de Risco – What-If (o que aconteceria se...)

Setembro/2015

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Metodologia para Desenvolvimento da Análise de Risco – What-If (o que aconteceria se...)

O método “What If” é uma técnica de identificação de perigos/análise de riscos, baseada em um questionamento aberto de todo o processo, sistema, equipamento ou evento, questionando “o que aconteceria se…”.

O “What If” pode ser entendido como uma metodologia de brainstorming em que um grupo de pessoas experientes familiarizados com o processo a ser analisado, faz perguntas sobre alguns eventos indesejáveis ou situações que começam com " o que aconteceria se…".

- O que aconteceria se for colocado mais deste ou daquele produto?

- O que aconteceria se a matéria-prima estivesse contaminada?

- O que aconteceria se ocorresse um temporal?

O objetivo é identificar os perigos, situações de risco, eventos específicos ou acidentais que poderiam produzir uma consequência indesejável e propor alternativas para a redução de riscos, através de perguntas relacionadas a qualquer condição anormal possível da instalação cujas respostas (todas) devem ser anotadas por um secretário.

As perguntas são divididas em diferentes áreas relacionadas às consequências de interesse, incluindo a segurança elétrica, proteção contra incêndio, segurança pessoal etc, sendo em seguida cada área, analisada por um grupo de pessoas com conhecimentos específicos.

Esta técnica normalmente verifica o processo, desde o início, começando com a recepção da matéria-prima e continuando com o fluxo normal, até o limite estabelecido pelo estudo.

O método What-if admite duas possibilidades:

1. Questionamento livre: aplicando-o a pergunta “o que aconteceria se…” a qualquer aspecto que se considere relevante. ex: “o que aconteceria se houvesse mais produto na prateleira?”, “O que aconteceria se falhassem os freios?”, etc.

2. Questionamento sistemático: focado nas áreas de intervenção das diversas especialidades presentes na instalação, como exemplo, eletricidade, trabalho em altura, canalização, etc, fazendo grupos de trabalho e reuniões em que se aplicaria a pergunta “O que aconteceria se? ” a cada processo de cada especialidade, registrando-se os riscos, consequências, causas, medidas de controle e medidas de emergência.

Questionamentos típicos:

1. Falta de insumos básicos: O que aconteceria se não houvesse ar comprimido, eletricidade, nitrogênio, água, vapor? (combustíveis, energia, gases, vapores);

2. Mudança de composição: O que aconteceria se a qualidade das matérias primas sofresse variação? O que aconteceria se certas impurezas fossem introduzidas?

3. Condições de operação não padrão: Quais são as consequências de variações das condições de operação normais (T, P, pH, etc.)? O que aconteceria se certas determinadas vazões fossem interrompidas ou variassem?

4. Falha de material ou equipamento: O que aconteceria se alguns instrumentos sofressem “pane”? O que aconteceria se certos produtos vazassem para a atmosfera? O que aconteceria se algumas válvulas não funcionassem corretamente?

5. Regras de operação não respeitadas: Quais seriam as consequências, se certas regras de operação não fossem observadas?

6. Consequências de incidentes externos à planta/unidade: O que aconteceria se houvesse incêndio nas unidades vizinhas?

7. Consequências de incidentes internos à planta/unidade: O que aconteceria se ocorresse abertura de válvulas de segurança ou discos de ruptura? Como incidentes poderiam afetar as unidades ou as comunidades vizinhas?

8. Manipulação de produtos: O que aconteceria se o produto fosse liberado para o solo, atmosfera, água, etc.?

9. Resíduos: O que aconteceria se os resíduos não fossem armazenados ou tratados adequadamente?

Pontos fortes:

Estimula a criatividade;

Considera os riscos de várias fontes;

Considera diretamente causas, consequências e soluções;

Útil para treinar a equipe na identificação de riscos;

Eficaz para a análise qualitativa inicial.

Eficaz para a análise qualitativa inicial.

Pontos fracos:

Deve se concentrar na realização dos objetivos;

Alguns riscos poderão não ser identificados;

Depende fortemente da experiência do grupo;

O grau de dificuldade para sua elaboração aumenta na mesma proporção da complexidade dos processos.

Decio Wertzner – Fazer Segurança – dezembro/2015.

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