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Indicadores de segurança reativos são mesmo uteis na prevenção de acidentes do trabalho?

Março/2020

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Indicadores de segurança reativos são mesmo uteis na prevenção de acidentes do trabalho?

Antes de explicar a razão do título deste artigo, vamos relembrar o que são indicadores de segurança reativos.

Indicadores reativos são aqueles que somente são capazes de medir os resultados ou impactos, após a ocorrência dos eventos danosos.

Exemplos de Indicadores Reativos:

TAXA DE FREQUÊNCIA - É o número de acidentados por milhão de horas de exposição ao risco, em determinado período.

TAXA DE GRAVIDADE - É o número que exprime a quantidade de dias computados nos acidentes com afastamentos por milhão de horas-homem de exposição ao risco.

Se vocês observarem o histórico dos indicadores reativos de segurança, relativos aos acidentes ocorridos no Brasil (particularmente a TG) observarão um comportamento periódico, um ano particularmente ruim (TG alto) é seguido por dois ou três anos de índices melhores (TG baixo).

Mas o que isso significa? Imagine o desempenho escolar do seu filho, se as notas são baixas, imediatamente os pais intervêm, forçando a uma mudança nos hábitos dos filhos, estabelecendo horários de estudos com eles ou contratando um professor particular até que as notas melhorem. E quando isso ocorre, (a nota sobe), aos poucos se retorna à situação inicial diminuindo a pressão sobre a criança, que consequentemente retorna ao antigo hábito de pouca dedicação aos estudos, e em consequência as notas voltam a piorar.

O mesmo ocorre nas organizações, um acidente grave ou fatal (alta TG) provoca intensa comoção fazendo que todos, gerentes e funcionários passem a adotar medidas preventivas, a usar os equipamentos de segurança e a não descuidar das normas e procedimentos.

Porém dois ou três anos com os índices de segurança baixos, as campanhas desaparecerem ou perdem a força, fazendo com que os recém adquiridos hábitos de segurança (observar as normas e procedimentos, usar EPIs de segurança e valorizar o comportamento seguro) sejam relaxados, dando margem a que os acidentes voltem a ocorrer.

Melhor seria, considerar todos acidentes como uma ocorrência totalmente fora dos padrões e da rotina da organização, encarando seu acontecimento como uma oportunidade de se adotar medidas corretivas e preventivas, para que esse tipo de acidente jamais volte a ocorrer. É a meta de zero acidentes levada muito a sério com criação de hábitos permanentes de segurança, que se incorporam na cultura da organização.

Decio Wertzner – Fazer Segurança – março/2020

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